MARÍLIA
Francisco de Paula Melo Aguiar
Marília a que não é a de Dirceu.
É da música e não de Tomás Antônio Gonzaga.
Em Minas Gerais assim desfaleceu.
Liberdade ainda que tardia, não divaga.
Maior estrela do Arcadismo nacional.
E de Maria Dorotéia Joaquina Brandão.
Análogo a Skakespeare, o amor temporal
Exiliado em Moçambique e com razão.
No exílio refaz sua vida e se casa.
Com Juliana de Souza, seu novo amor.
Enquanto Marília de Dirceu se arrasa.
Vagando nas ruas de Vila Rica seu clamor.
Assim é o eu lírico do pastor Dirceu.
A sua noiva Marília que assim prometeu.
E a Marília do eu musical a todos pertenceu.
A menina do feminejo, o sonho que não morreu.