Um besouro sem virtudes

Abro as minhas asas como um besouro sem virtudes,

De voo raso e contundente;

Tu sabes quando dói-me voar,

Dói o peso da carapaça,

a proteção da armadura do ser humano,

-A sua textura-

Aquela a que me refiro

nas noites de tuas mãos a me encontrar - e deter-

na tentativa comovente do suicídio em meio a neurose;

Cai o pano com a brandura dessa dor,

Corroída pelo tempo ,

e vai destruindo os afrescos,

feitos de afetos pintados com liberdade em dias de chuva,

O alfabeto de uma outra realidade em que voo quieto e tranquilo

pinçando uma letra e mais outra...

(e algumas vezes até canto para você, como um grilo)

Across The Universe

https://www.youtube.com/watch?v=-XTzOxYLARk

johnmaker
Enviado por johnmaker em 07/11/2021
Reeditado em 07/12/2021
Código do texto: T7380273
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