Mistérios do amor

As horas passam, mas tudo continua

Como sempre, a mesma paisagem

Os mesmos campos, a mesma estrada,

E os mesmo automóveis; mudam-se

Apenas as pessoas com seus olhares

Herméticos, patéticos por amor.

Por que não revive na velocidade do vento

A arvore verde que secou? Por que não ressuscitam

Aquele que injustamente morreu por um projétil

Perdido no espaço? Por mais que eu faça

Resposta não tem não, eis o mistério!

As mesmices me chateiam, deixam meu coração

Carente e exposto a sofreguidão, por mais

Que eu tente reinventar nada é novo, tudo

É tão antigo quanto a galinha e o ovo.

Então eu só pediria um pouco de compaixão

Ao amor, que invadisse os corações alheios

E a eles oferecesse um pouco de carinho

Para que ninguém se sentisse sozinho

Neste mundo de Deus!

E a vida continua como sempre, a mesma paisagem

Os mesmos campos, a mesma estrada

E os mesmos automóveis apressados

Correndo atrás não sei do quê!

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 15/11/2007
Reeditado em 15/11/2007
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