Mistérios do amor
As horas passam, mas tudo continua
Como sempre, a mesma paisagem
Os mesmos campos, a mesma estrada,
E os mesmo automóveis; mudam-se
Apenas as pessoas com seus olhares
Herméticos, patéticos por amor.
Por que não revive na velocidade do vento
A arvore verde que secou? Por que não ressuscitam
Aquele que injustamente morreu por um projétil
Perdido no espaço? Por mais que eu faça
Resposta não tem não, eis o mistério!
As mesmices me chateiam, deixam meu coração
Carente e exposto a sofreguidão, por mais
Que eu tente reinventar nada é novo, tudo
É tão antigo quanto a galinha e o ovo.
Então eu só pediria um pouco de compaixão
Ao amor, que invadisse os corações alheios
E a eles oferecesse um pouco de carinho
Para que ninguém se sentisse sozinho
Neste mundo de Deus!
E a vida continua como sempre, a mesma paisagem
Os mesmos campos, a mesma estrada
E os mesmos automóveis apressados
Correndo atrás não sei do quê!