Única Verdade
O vento bate nas palavras
Como uma porta de onde se vê o mar.
Foi aí que conheci a ausência pela primeira vez.
Uma ausência tão dura que não pode nascer
Senão das entranhas.
Como esquecer o desejo de nossos corpos
Que permaneceram suspensos,
Abençoados apenas por um suspiro?
Como esquecer seus braços e suas mãos?
Só Amor!
Naqueles momentos eu era a sua mulher
E estavas comigo.
Alguns chamam sintonia,
Defino-o como essência, arpejo melodioso,
Leveza insuportável de duas bocas a beijar-se,
Perdendo-se na apneia de uma emoção.
E você é a única verdade que sinto que conheço.