Sentença
Sejamos francos, estamos condenados à dor da ausência.
Vamos preenchendo o vazio com algum tipo de piada que nos faça rir dessa miséria, mas não realidade é que vamos sangrar o resto dos dias, o resto da vida e prendendo o sangue no sorriso frio da rotina
Sejamos francos, ao longo do tempo a indiferença já não faz sentido algum.
Ainda está cedo para afirmar que a canalhice em dissimular como forma de demonstrar alguma forma de poder e violência, já cedeu espaço ao desespero da consciência do inexorável fim das coisas?
A gente vai morrer. E vai morrer sabendo que a vida só queria um sopro de coragem. Ainda que fosse na última expiração que antecede a suprema fraqueza
Eu não tenho nome. Eu sou o condenado e a condenação.
Eu não tenho casa, meu lar é o vazio, a imensidão.
Eu quero te pedir desculpas mas, sejamos francos: ninguém mais precisa de perdão.