DESEJO
Correm em minhas veias,
Todos os desejos
Acumulados silenciosamente
Nas noites escuras do meu quarto.
Clamo aos ventos do outono
Que desfolhem as palavras
Do bosque do meu coração
E as levem até a quietude do seu ser.
A prata da luz refletida na lua,
Transforma em ouro reluzente
O que brota da tímida nascente
Que espera o toque dos seus lábios,
Para matar de vez a sua sede.
Anseio repousar no seu perfume.
Diluir-me no orvalho da sua pele.
Aquecer-me nos seus afagos.
Ser também o seu novo bem querer.