OLHOS DE PRIMAVERA

Ela tem olhos de primavera e uma fazenda no coração,

Abriu mão de tudo para ter paz, um pedacinho de terra

Um riacho ao pé da serra, presentear o pulmão com ar

Livre de poluição, deixar o corpo são, iniciar um pomar.

Homens se cansam da cidade grande, das metrópoles

E suas estruturas, de conjecturas justificando o esforço

Para garantir um futuro no voo do tempo, sem garantia

E companhia asseguradas, roubadas em que se veem.

Bom mesmo é o café da roça, nossa alegria por termos

Simplesmente o necessário, o sustento diário, um amor

Pelo chão onde moramos e de onde tiramos o alimento

Sagrado e suado, colhido na medida das necessidades.

Dá alívio se ver livre de engarrafamentos, xingamentos,

Do stress de nunca cumprir o horário, de ver o contrário

Do que planejamos acontecer, quero esquecer tudo isto,

Chegou o visto definitivo, pode abrir e distribuir as flores.

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