Homenagem a ausência da vossa alma.

Você não sabe por onde tive que passar, caminhando por um trilho, ferindo os pés em pedras pontiagudas, procurando os sonhos, descobrindo as ilusões.

Você não conhece a dor meu coração, a tristeza que sentia distante da imaginação, os olhos cheios de lágrimas, sempre sozinho desejando descobrir o céu sem a iluminação das estrelas.

Então sentindo o sol que escondia a noite, escurecendo o sentido da alma, não compreendendo as recordações, queria apenas descobrir a cor da hermenêutica dialética.

O tempo foi passando, em um certo instante esta perplexo, precisava entender os sinais das montanhas.

Entretanto, enxergava apenas o azul do infinito, quase tudo era interminável, soçobrava na cognição o soluço.

Páginas complexas de recomendações, não compreendia os sinais do começo, como poderia existir o início sem fim.

Deste modo, pensava em tudo, no futuro sem existência a realidade sem começo, esperava por misericórdia, porém não existia Deus.

Todavia, sentia o choro da alma, enquanto isso não dormia, deseja voltar ao meu tempo de criança.

Como tudo é presente, não existindo passado e futuro, a razão da minha indignação, sei que serei a eternidade da poeira química, neste breve instante a dor imediata de um ser sem continuidade.

Então olhando para o infinito querendo entender o princípio da anti matéria.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 29/10/2021
Reeditado em 29/10/2021
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