HARMONIA

 

Seus seios são como a lira

No roçar d’uma leve aragem

Minha mão pede passagem

Na harmonia que me inspira.

 

A solidão pesarosa se retira

Esconde-se pela folhagem

Para modificar a paisagem

De lama para ouro e safira.

 

Seu carinho é tão suave

Que sopra leve com vida

Como gorjeio d’uma ave

Na sua alegria destemida.

 

Na cama serena e florida

Você me dá uma chave

Abro uma porta proibida

Entro livre d’algum entrave.

 

Da série: RASCUNHOS POÉTICOS

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 28/10/2021
Código do texto: T7373617
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