EQUINÓCIO SENSORIAL
Ao Amor, eternamente ao mais belo e prolixo dos sentimentos
Poema Invisível
EQUINÓCIO SENSORIAL
Vamos traçar a alma
Vamos cruzar destinos
Vamos fazer um poema
Tudo isto
Ou pouco isto
Porque vales a pena
Porque és
Apesar de não te conhecer
Fundamental
O Universo sorri para nós
No
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Alinhando os corpos
Como se abraçam os astros
Na ciência
Essencial
A magia depende apenas de nós
E do nosso
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E eu
Afundo bem dentro de mim
Todas as estrelas
Que o meu olhar
Consegue abarcar
Sorvo-as
E cometo
O supremo pecado venial
De te querer
Para o todo o sempre
Esperando
Que nunca leves a mal
Enquanto sorriu e penso nesse
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Em eclipses sonoros
Dos nossos seres
Que se apagam
Episodicamente
Para dar lugar
A que a outra personalidade
Não se desvaneça
Esteja sempre presente
Esperando que isso
Para nós não seja fatal
Abençoamos pois o
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A minha Terra
Gira pois sobre o teu Sol
Numa maravilhosa órbita
Lírica
Que resulta
Nessa dança louca
Em que estamos e não estamos
Ao nosso lado
A lógica
Só o é para as nossas almas celestes
Nessa troca de sombras perene
E nada caduca
Expressão imemorial
Esta:
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Fogos fátuos
Abençoados
Pelo carisma
Da posteridade
“Primus inter pares”
Ou simplesmente
Um amor
À prova de bala
Que lançamos um ao outro
Quando a nossa lei falha
Mas unidos
Insufismavelmente unidos
Pela constituição
De uma filosofia
Amorosa
Demasiado dinâmica
Embora possa parecer banal
Soletramos as mesmas palavras:
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Porque me amas?
Perguntas tu
E eu respondo
Porque a minha alma de pastor das estrelas
Por Ti brama
Num canto bonito
No frio das noites
Em que não te sinto
E sinto que és a parte
Que me falta
De mim
Ser cauteloso
Mas nos afectos, nada prudente
Porque és etérea mas nada acidental
Naquele que é o meu
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Porque ele
Decidirá
Se as nossas Monções
Vêm para ficar
Se as tempestades do acaso
Serão a nossa realidade
Por mim
Não acredito
Pois o meu Deus principal
É a nossa interioridade
E a minha pessoa
Que até nem é boa a fazer contas
Sabe aquela que me interessa
Que o teu um mais o meu um
Dá lugar
A uma única parcela
Onde desafiamos a física
E ocupamos os dois
A mesma área
Os eruditos chocam-se
Mas nos olhamos tal
Divertidos
E sem qualquer tipo de embaraço
Porque somos ambos artistas
Do invisível
E na eternidade fazemos a nossa arte
Pintamos o nosso quadro
Com as cores
De um amor imenso
Que ocupa todo o Cosmos
Todo um imenso espaço
Nessa linha ténue e difusa
Mas bem real
Que é o amor pujante
Fundamental
E assim
Os Deuses foram clementes
Para connosco
E permitiram o nosso
Equinócio sensorial