NA JANELA
Eu hoje vi,
De minha janela,
Dois namorados,
Mãos se entrelaçando,
Bocas se beijando.
Tão sublime é o amor, eu pensei,
Tão marcante é sua presença,
Delirante sonho,
Êxtase de dois amantes,
Cheios de poesia,
Quanta devassa fantasia
Nos olhos brilhantes.
Não há pressa,
Só olhares curiosos.
Não há promessa, somente busca,
Dedos nervosos que se tocam,
Que se querem conhecer.
Há um fogo que queima,
Arde nas veias,
Pronto a explodir.
De repente, tudo pára,
Tudo se perde, se interrompe.
Não é o momento, nem o lugar,
Nem a hora certa.
Foi tudo um prelúdio de amor,
Um saciar de paixão,
Um começo de tudo,
Várias sensações
Para descobrir, depois,
A dor da separação.