Sou mulha
a santa que há em mim, libertina
liberdade é meu nome
sou chão
sou céu
sou metamorfose
no ar me equilibro
bebo o mel da tua dor
meu corpo minha religião
dos deuses faço pasto
cuspo na cara da hipocrisia
saliva queimando
à vontade o furor
pudor não existe
se me queres
tire a fantasia de homem
és vontade de mim
vem sem medo
vê a força em minha essência
sou mulher
o rótulo de frágil
em teus olhos habita