descalços na areia
chapéu de tecido na praia
você de tomara-que-caia
eu ergo o trombone e toco
o ar que me envolve, sufoco
o tempo não vem, não existe
você é a ave, eu o alpiste
despreocupados brincamos
o céu tá nublado, ventamos
o sol aparece, sorrimos
o beijo do mar exigimos
descalços na areia sem rumo
que bom não ter fio-de-prumo
com os braços pra cima ou pra baixo
é sempre em você que me encaixo
eu corro e me afasto e me volto
é só com você que me solto
você me aponta o coqueiro
e diz: quem chegar lá primeiro
vai ter que dar ao perdedor
pra sempre todo o seu amor!
Rio, 08/11/2007