O Poeta Voa

Quando eu disfarço minhas palavras de poesia,

Toda a influência do amor se abre aos meus olhos.

Parecem cartas escritas com água do mar

Para uma sereia que navega entre as ondas do meu sentimento.

Vou escrever para te dizer que a solidão não é deste mundo;

Mas daquele que não pode voar.

Deixa para trás o que nunca o fará sorrir

E que o impede de ir contra o vento,

Teme noites e coisas que não pertencem a ele.

Se acovarda diante dos possíveis revezes,

Contrário a qualquer definição razoável,

Reivindicando o direito de uma luz

Isso não o ilumina,

E cai na vida cotidiana

Sem paraquedas.

Nada pode salvá-lo da certeza implacável

Da sua própria essência.

Eu, por outro lado, tenho você,

E me dou conta que posso voar.

Juciane Afonso
Enviado por Juciane Afonso em 18/10/2021
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