DUAS ALMAS

Duas almas vagam sozinhas pela vida,

Até que um dia o destino dá-lhes o lume,

Casualmente elas se deparam uma diante da outra,

Fixam-se seus olhares, atraem-se mutuamente,

Relacionam-se, e com tal firmeza uma força as une.

Enamoram-se num enlevo poético e inédito em suas vidas,

Fazem juras de amor duradouro, contam-se as particularidades,

Elas esquecem-se do tempo, povoam-se de castos sonhos,

Sonham ininterruptamente com essa união que as fez delirar,

Pois pretendem perpetuar esses momentos para outras eternidades.

Essas duas almas, unidas pela graça do amor,

Já preparam seus espíritos para assumirem eternamente

Essa união, pedem aprovação a Deus que lhes concede,

E eis duas almas que na junção de seus corpos,

De duas vidas, de seus ideais, de suas dores pungentes.

Forma uma união sólida do espiritual e do material,

Um lar construído com bases seguras,

Erguido com amor, edificado com compreensão,

E, acima de tudo, com elevado ardor espiritual,

Unem-se com mais afinco nas horas sublimes e puras.

1.980