Doce deleite

Seu ósculo amanteigado

Anuvia meu juízo

E não vejo claro.

De me-ninar

É um poeta menino

Obscurecido.

Amanheceu de noite

Anoiteceu dormindo

Me-nino, me ninou.

Eu menino

Eu me nino

Eu dormindo.

Amanteigou meus sonhos

Seu beijo baixinho

Sob o cobertor de linho.

E brincamos de fazer

Me-nino!

De manteiga.

De beijinho.

De sonhar alto, acordado.

Meio dormindo.

Eu sonho que me nino

Você me nina

Adormeço sorrindo.

Vem me ninar

Meu poeta, meu menino

Passa manteiga em meus sonhos.

De doce deleite

De-leite!

Meu sonho é clandestino.

Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 16/10/2021
Código do texto: T7364882
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.