Não podia prever

Minha alma chora

pelo fogo ardente

que me devora

Fiquei imprecatada

em uma avenida

Peguei uma doença

ambígua chamada amor

e não há esperança

Meu coração vocifera por

um metro e setenta e cinco

Mulher miserável !

feridas ensanguentadas

atingem minha pureza

Estou esmagada

Estou ferrada

Corro na imensidão da luz

caio na escuridão que me apovora

Se acomoda coração

não há escapatória

Heeza Manuela
Enviado por Heeza Manuela em 16/10/2021
Reeditado em 12/04/2022
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