Poema de amor
Minha alma suplica por um toque
Que meu amor me tome como seu
Que eu padeça junto ao teu peito forte
Onde a forma de minha face se inscreveu
Quando eu debruçada em teu colo
Evaporar redemoinhos de ternura
Sentindo o cheiro de tua pele a mim cingida
E o encantamento que tenho por tua figura
Amo-te mais que o pirilampo a luz da lua
Teu amor me é relíquia e calmaria
Amo-te tanto quanto o próprio Jesus Cristo
Amou o colo da doce Virgem Maria
Oh, meu amor, padeço de esperança
De que regresses ao âmago de nossa cumplicidade
Tua ausência sentida machuca tanto
Que na vida sem ti não há felicidade.
Volta, amor, ao meu regaço
Que por ti geme noite e dia
Quisera beber de tua fonte
Que encerra em mim a nostalgia.
Vinde como carcereiro acorrentar
Minh'alma doente à alma tua
Não te demores em socorrer-me
Da loucura que tua falta acentua.
Amo-te carente, trôpega e amolecida
Sem forças de existir sem teu abraço
Amo-te sempre e para sempre nessa vida
A existência só tem sentido em nosso laço.