TEU PRISIONEIRO
 
Quanto tempo se passou
e, ainda, meu amor,
continuo me sentindo
prisioneiro deste amor.
Teu prisioneiro,
teu amigo e companheiro
na jornada da paixão.
Um eterno aventureiro.
Deste amor sou prisioneiro
como um padre no mosteiro.
Fiel, casto inocente,
sinto que não sou fruto
sem semente;
sou teu Porto Solidão;
o teu sol na escuridão,
teu prisioneiro na paixão,
de teu amor sem solução.
Um abismo entre nós,
só reflete as ilusões,
da saudade sem tamanho,
da maldade dos estranhos.
E teu prisioneiro não retruca;
teu prisioneiro não se assusta,
na esperança de obter a liberdade,
vai vivendo de saudades
das causas boas que viveu.

 
Ana Regina Bueno Porto
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 10/10/2021
Código do texto: T7360594
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