A EXPANSÃO DE UMA ESTRELA AMARELA
Certo dia, do horizonte brotará o fim,
como circo adentrando a cidade arrasada.
Da poeira levantada pelos cascos dos cavalos,
se formará o véu vermelho que tinge a noite.
E espadas quebradas como joelhos dobrados,
testemunharão o abandono do divino.
Virão toneladas de vaidades despejadas
sufocando a palavra que teme o abandono.
As mentiras escritas nos muros cinzas
serão a voz da vida que passou.
E assim, qualquer lenda servirá à razão,
porque o maior temor da sabedoria
é não ser entendida como carbono aglomerado.
Tudo que evoluiu pode ser queimado,
e o inferno que se torna sempre inevitável,
entendido como amor inabalável.