DE AMOR E VERSOS!

Versos que se soltam...

Voam livres após completos!

Mas que sempre voltam,

De outros versos repletos.

Fios de versos que une...

Outros versos que longe estão...

Se a distância nos pune,

Ata os versos a paixão!

Ternura tecida com poesia...

Desejo que a rima traduz...

Poemas envoltos em magia!

Que corpo e alma seduz.

E assim na mesma cadência...

Poeta e Musa unificados,

Verbos explodem de tanta latência!

Versos de desejos embriagados.

Poesias tramadas fio a fio...

Na costura de tanto querer!

Leito de seixos que une mar e rio...

Poemas unindo eu e você.

Tão real e deliciosa sensação...

Pensamentos no mesmo desejo fundidos...

Corpos em lúbrica e insana reação!

Momentos de um prazer desmedido.

Poesias que nos recônditos arde...

Provocando abalos abissais!

Rimas langues a alma invade...

Poemas provocando tremores carnais.

A última estrofe finalmente completa,

Dando um majestoso acabamento!

No firmamento a lua brilha inquieta....

Êxtase de amor e encantamento.

Gotas de orvalhos na tez perfumada

Beijos orvalhando cada detalhe

Sem pressa percorrendo sua estrada

Tua boca murmurando num belo talhe

Queixumes de prazeres despertos

No meio do caminho uma longa parada

Monte suave de beijos recobertos

Sugando leve a flor encarnada

Um desfolhar lingual nas sépalas

Orvalhando sem deixar nada a revel

Viço estampado nas viçosas pétalas

Beija-flor no cerne a cata de mel

Baloiçar suave da haste umedecida

Tremular de gotículas que escorrem

Flor que se abre inteira e cheia de vida

Êxtase de cores que explodem

Quero-te nua no leito do rio

No leito lascivo da alma nua

Quero-te flor de lótus no cio

Banhada de raios de lua

Queira-me gris no jogo do amor

Forjado em desejo febril

Na temperança da mais fina flor

Sob o sol do escaldante anil

Quero-te fêmea lasciva e voraz

Fera de mata que mata e morre

Suave e fogosa me prende tenaz

Desejo molhado no corpo escorre

Queira-me amante, poeta e menino

Ébano felino que tudo fareja

Saliva à deriva no teu corpo tão fino

Beijo lambido no batom de cereja

Quero-te galopante no macho andaluz

Ancas que prendem és minha algoz

Fustiga teus medos me prega na cruz

Me lanha me banha no leito e na foz

Queira-me assim rendido ao teu desejo

Olhar de ternura em teu seio vencedor

Num suspiro doce morrer no teu beijo

E Para sempre renascer no teu amor!

POETADOAMOR
Enviado por POETADOAMOR em 05/10/2021
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