Sou muitos de mim
Sou uma janela esta fechada,
Não sei onde as águas congelam o profundo,
A alma por dentro é um filamento desconhecido,
A lentidão do meu tempo confunde-se oriunda
Sou um deserto profundo.
Eu sou muitos de mim nos meus estilhaços
Libero gotas no mutismo dos lábios,
meu grito ecoa nas montanhas do quarto.
A tênue linha da realidade, a loucura,
Não tem nome, e nem existência plausível.
Unem as alianças em terras opacas
Consolando o sol, e a chuva invisível
As folhas nascem sorrindo em mim
Na doce e pura brancura.