Sacrilégio
Encenações e fantasia
Esse era o mundo que conhecia
Mas sob a pele calma
Uma fera rosnava
Por de trás de seus lábios
Um sorriso largo e frio
E seus olhos penetravam o vazio
E mergulhavam para de dentro de mim
Entendendo o meu silêncio
Conversavamos sem som
Era tudo combinado
Desde a música, até o batom
Mas de seu "eu" que condenaram
Eu só conheci verdade
Toda aquele caos amontoado
Era apenas a metade
De um todo machucado
Ferido, molestado
Que se recusou a ser vítima
E voltou a vida
Diziam então ser pecado
E ardia em seu peito exposto com pus
Que ela tinha em si o próprio diabo
Mas tudo que eu via era luz