Encanto
Há um amor em mim
Como a musica do piano
Que não sei tocar
Mas esta a me encantar...
Há um amor em mim
Grande
Voluptuoso
E leviano
Mas que ainda não vivi
Há também volição por senti-lo
Elétrico
Acelerado
Em altos sussurros
Descompassados
Quero-o em mãos
Ousadas
Por corpos nus
Quero a desmoralização
De sentidos pudorados
Quero-o em cansaço imoral
De amores inacabados
Há um amor em mim
Como a musica do piano
Que não sei tocar
Mas está a me encantar
Quero-o esquipático
Quero-o em descuido de curvas corporal
A doer
A sangrar
Sem reclamar
Por prazer
Quero-o promiscuo
E pronto
Em profusão que se espalha proeminente
Por bocas ardentes
Em mordidas de dentes
A desenhar em pele
Há um amor em mim
Com a música do piano
Que não sei tocar
Mas esta a me encantar
Quero-o em prolongamento
De orgasmos arfantes
A todo custo
Justos e múltiplos
Quero-o por prazer proposital
De sorrisos
E cigarros que não fumei
Há um amor em mim
Como a musica do piano
Que não sei tocar
Mas esta a me encantar
Encantar, encantar...