Dizem que é amor
De vez em quando
me enterro viva.
Depois é só explodir...
e nascer novamente.
E tornar a ter
formas
e pensamentos.
Descobrir que a magia
são os sentimentos
e vagar pelos oceanos
buscando as lágrimas
do mentiroso tempo.
Me detenho fascinada
quando atravesso sem saber,
o cone azul do teu olhar...
A terra trona
e o céu se expande
numa gargalhada.
Inevitávelmente
sou (tremendo)
primitiva,
uma mulher
descalça, sem maquiagem
e extasiada.