DOIDICE

Quem foi que disse

que o amor é só empolgação?

Vive-se de dengos e gamação

e de alguns aborrecimentos

que, por vezes, fogem à razão

Olhe só para nós dois, moço.

Esta é nossa melhor versão!

Um enlace passageiro

muito ardoroso e alvissareiro,

que nos jogou num turbilhão,

de desejos regados com o fogo

ardente das vulcânicas emoções,

De lá pra cá, o que nos une?

Impregnados de um sentimento

forte, eufórico, personificado

nos nossos desejos mais íntimos.

Somos dois corações enamorados,

o futuro de um marcante passado.

Temos lá nossas bobices...

Uma hora ou outra um atropelo aqui

um disse- me- disse, e surge a cisma

a especulação se vê senhora do território

Sentimentos turbinados.

Encontros desmarcados.

Tantos percalços e no vácuo, os recados.

Seríamos, nós, esses seres atrapalhados

que não conseguimos entender

o que nos foi predestinado?

Entre birras, confusões, ciumeira,

dúvidas e incertezas;

vamos expressando a beleza

da nossa história emaranhada

de arroubos caprichosos, silêncios estridentes,

solidão doída, palavras de amor mal dirigidas

mas, também zelosos com nossas expectativas.

Ainda que, por demais, a resistência insista

O amor nos incita e bons momentos a gente cria

Quem foi que disse,

que o amor te dá um mundo colorido e perfeito?

Acho que é assim, o nosso jeito.

Amar na serenidade e na doidice.

Registro aqui a interação do poeta

Jacó Filho

O amor só consolida,

O mundo que merecemos,

E a vida que queremos,

Terá que ser construída.

https://palavrasnotasevivencias.blogspot.com

Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 25/09/2021
Reeditado em 29/09/2021
Código do texto: T7350255
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