Noturnos

A saudade me rasga

e para espantar o breu

abro a janela da esperança

que a noite longa escondeu.

Sulcos noturnos me molham

ninbam os meus olhos ateus.

O tempo come as molduras

da tua imagem bordada

na parede da lembrança

dissoluta madrugada.

O pensamento divaga

sonha uma vida apaziguada.

MARILIA ABDUANI

Marilia Abduani
Enviado por Marilia Abduani em 24/09/2021
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