Noturnos
A saudade me rasga
e para espantar o breu
abro a janela da esperança
que a noite longa escondeu.
Sulcos noturnos me molham
ninbam os meus olhos ateus.
O tempo come as molduras
da tua imagem bordada
na parede da lembrança
dissoluta madrugada.
O pensamento divaga
sonha uma vida apaziguada.
MARILIA ABDUANI