NO FOGO DE CHÃO DO PASSADO

Esquentando mais água

para um mate sem mágoa

no fogo de chão do passado

reculutando terneiro

no rodeio missioneiro

eu sempre ando pilchado

e sei manejar meu laço

no meu bom pingo picaço

nasci pra ser peão de estância

desse Rio Grande macanudo

sou analfabeto sem estudo

eu nunca tive infância

moro num rancho de pau a pique

no porto tenho um caíque

que remando ele se vai

é uma de minhas manias

em dias de pescarias

nas águas do Rio Uruguai

o rio que me viu nascer

vivo de plantar e colher

e de trabalhar de peão

na fazenda de Pedro Bueno

quebrando geada e sereno

depois de tomar chimarrão!

escrito as 08:20 hrs., de 22/09/2021 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 22/09/2021
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