Confissão de Julieta V
Não irei poupá-lo de nenhuma palavra doce
Não irei esconder nenhum sorriso sincero
Não pouparei meu olhar te querendo
Quem me dera, Romeo, passearmos entre as vielas muradas de trepadeiras e jardins com flores branqueadas
Seríamos dois jovens adolescentes apaixonados sem preocupação nenhuma com o porvir
E riríamos por uma coisa qualquer
Roubando frutos do pé
Entre beijos e juras
O céu como testemunha
De uma imensa e implacável felicidade
Por que, Romeo, os homens têm dessas coisas
Que impedem o amar?
Mas agora tudo são suspiros
Falta-nos o fôlego
Os anjos ouvem-nos chorar
E cantar uma canção triste que vem nos visitar
Mas estejas certo de que o mundo saberá
do meu versejar