Sentido

A vida nos prega peças,

E as vezes nos faz as viver.

Nos mostra que não há recompensa,

É que ter a vida é o que temos a receber.

Na loucura das incertezas

Bailando com o pudor da agonia

Com a aspereza dos meus dias

Um acalento eu queria

O conto de fadas

Nunca tivera sido tão irreal

De todas as mentiras contadas

A maior delas é que tudo se acaba no final

Me julgo pessimista!

E eu sou mesmo.

Como ser altruísta

Em uma vida de puro desmantelo?

O que transpareço

Nunca é a minha realidade,

O sufocar, é só adereço!

Fingindo felicidade,

Só me fere ainda mais

Tá tudo bem, me conformei,

Sem auxílio e sem paz

Nessa ingenuidade, assim sempre serei.

Na maioria dos dias estou amarga

Nos outros quero enganar a mim própria

Carrego essa serenidade forjada

Que todos os dias faço fotocópia

O sentido não sei qual é

E ninguém precisa me explicar

Nem se quiser.

Será que eu nasci só pra sofrer e fingir que sei o que é amar?

A ninguém mais engano…

Eu nem sei o que eu amo!

Quem sou, pra onde vou

Ou o que quero,

Seria esmero aquecido ?

Meu coração se encontra enlanguescido…

Ainda me queres?

Qual o sentido?