A Tristeza Me Ama
A Tristeza me ama.
Ela precisa de mim.
E em toda lágrima sem sentido,
porque não foi recíproco
e meu coração está partido.
Mas a tristeza me ama,
e há um débito de solidão
em minha vida.
E eu acho que é minha sina,
para sempre ficar só.
Ela caminha ao meu lado
para me ferrar,
e não para me guiar.
(Muito mais do que qualquer coisa,
que você já fez)
Então desapareça,
de outra forma
me esqueça.
Apenas quando pareceu
que a vida seguiria tranquila.
Eu me apaixonei outra vez.
Veja o tolo que eu fui,
ao me apaixonar por você.
Na espera incessante
perdi a minha alma.
Deixe ser, deixe morrer
Estás preparado?
Essa história é tão velha
(ainda continua sendo verdadeira)
E numa madrugada deprimida
te escrevi um outro poema.
A tristeza me ama,
ela sempre me encontra.
Nas noites devassadas em solidão,
a este tolo que nunca amou.
E eu até poderia te pedir,
em outros mil poemas
tristes como esse:
Me mostre o abismo
que chama outro abismo,
e me assista cair!
E em meio a vida,
tão perdido como na adolescência
e nessa meia-noite, sua exclusiva
não consigo te tirar da minha mente.