FOME DE AMOR
Me sento na praça
e vejo os amores que passam,
de mãos entrelaçadas,
com olhos marejados,
estão além das trapaças,
se fiam no ardor,
se dão de graça,
na graça do amor...
Além das teias estendidas
pelas aranhas dos cartões,
pelos olhos mágicos
que vasculham seus bolsos,
muitos levam seus espíritos
em estradas poeirentas,
erguem seus poemas
como se purificassem o ar,
eis porque a cada dia
nasce um novo coração,
para ser preenchido
com o amor,
que é servido como prato principal
quando a fome de sentir
abraça cada ser humano...