Estrelas
É no vai e vem de um balanço
Eterna é corda comprida
Um nó no final da vida
É acalanto de um descanso
Abarca um colo crespido
De um rosto desconhecido
Da boca só sai um gemido
Do nó que interrompe o grito
É a língua no seu maxilar
e a lua que sangra enfim
Deste abismo que há em mim
Pois se paramos de sonhar
A vida chega ao fim
E já não há por que chorar
olhos se engravidam de estrelas
Pois à morte foi dito sim