PULA CERCA
Não peça que eu sinta remorso por isso,
Já que nunca, na vida, eu fui um "traíra".
Depois, eu já tenho o meu compromisso,
E lealdade é coisa que ninguém me tira.
Não vou dizer que você não me interessa,
Eu é que não desejo viver uma mentira,
Mas "pular cerca" não é coisa que se peça,
Porque depois nunca se sabe o que vira.
Não quero manter um romance proibido
Que só me trará um sentimento de culpa,
Pois uma recompensa fugaz para a libido,
Não vale uma vida procurando desculpa.
O verdadeiro amor jamais entra em lide;
E quando o traímos não existem escusas.
Não há justificativas para quem o divide
Para ficar cultivando fidelidades difusas.
Um romance desse tipo é como o fardo,
Que alguém carrega subindo uma ladeira.
Tudo que dele nasce é sempre bastardo,
Mas nunca é cão para se botar em coleira.
Perdoa-me se não te alimento a fantasia:
Quem pula a cerca pode deixar no arame,
O próprio objeto que sua vizinha queria,
E no fim o que sobra disso tudo é vexame.
Não peça que eu sinta remorso por isso,
Já que nunca, na vida, eu fui um "traíra".
Depois, eu já tenho o meu compromisso,
E lealdade é coisa que ninguém me tira.
Não vou dizer que você não me interessa,
Eu é que não desejo viver uma mentira,
Mas "pular cerca" não é coisa que se peça,
Porque depois nunca se sabe o que vira.
Não quero manter um romance proibido
Que só me trará um sentimento de culpa,
Pois uma recompensa fugaz para a libido,
Não vale uma vida procurando desculpa.
O verdadeiro amor jamais entra em lide;
E quando o traímos não existem escusas.
Não há justificativas para quem o divide
Para ficar cultivando fidelidades difusas.
Um romance desse tipo é como o fardo,
Que alguém carrega subindo uma ladeira.
Tudo que dele nasce é sempre bastardo,
Mas nunca é cão para se botar em coleira.
Perdoa-me se não te alimento a fantasia:
Quem pula a cerca pode deixar no arame,
O próprio objeto que sua vizinha queria,
E no fim o que sobra disso tudo é vexame.