Plenitude
Vejo a paisagem calma
que cobre a paz do meu dia.
Desfolhado, chega o vento
em apelos e euforia.
E o leve sopro das horas
reveste a alegria.
É forte o grito da terra
no lombo urgente do espaço.
Fecundação da semente,
jardim da vida em compasso.
A noite imensa e eterna
se encanta dentro do abraço.
O amor transporta ouro
clareia a escuridão
Na alma, uma lua cheia
silenciosa ponteia,
acordes no violão.
O peito dedilha e canta
a plenitude da vida.
A voz que rompe a garganta
renova a alma ferida.
Feliz é quem ama e canta
a estrada percorrida.