Plenitude

Vejo a paisagem calma

que cobre a paz do meu dia.

Desfolhado, chega o vento

em apelos e euforia.

E o leve sopro das horas

reveste a alegria.

É forte o grito da terra

no lombo urgente do espaço.

Fecundação da semente,

jardim da vida em compasso.

A noite imensa e eterna

se encanta dentro do abraço.

O amor transporta ouro

clareia a escuridão

Na alma, uma lua cheia

silenciosa ponteia,

acordes no violão.

O peito dedilha e canta

a plenitude da vida.

A voz que rompe a garganta

renova a alma ferida.

Feliz é quem ama e canta

a estrada percorrida.

Marilia Abduani
Enviado por Marilia Abduani em 08/09/2021
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