CANTO

Aquieto-me silente em meu canto;

E na garganta permanece mudo o canto;

Foi-se o encanto e deu lugar ao pranto;

O desalegre cantar do meu canto,

Plange pela franqueza do desencanto!

E o canto que já não se faz alegre e tanto,

Encontra alento na alma em pranto;

Vão-se os dias, vão-se os lamentos,

E o canto, calado pela dor do pranto,

Aquieta-se fagueiro em seu canto

Nádia Mourão
Enviado por Nádia Mourão em 04/09/2021
Reeditado em 04/09/2021
Código do texto: T7335188
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