CANTO
Aquieto-me silente em meu canto;
E na garganta permanece mudo o canto;
Foi-se o encanto e deu lugar ao pranto;
O desalegre cantar do meu canto,
Plange pela franqueza do desencanto!
E o canto que já não se faz alegre e tanto,
Encontra alento na alma em pranto;
Vão-se os dias, vão-se os lamentos,
E o canto, calado pela dor do pranto,
Aquieta-se fagueiro em seu canto