-ZELO-
E eu, que passei calando
Muito mais do que orando
Os meus sinais que desafiam
Nem sei como se abafam
Estes tão mudos brados
Que por tão pouco se disfarçam
Mas que em pêlo te adentram
Corpo, alma, peito… sem zelo
Quebram mar de gelo
Quebram selo
Mas não quebram
A barreira entre o olhar
E o desespero
De gritar
Teu nome, e o meu
Dever… de tê-lo
Em profundo e sigiloso
Altar. Contê-lo.
(Ricardo Vieira)
03set21