O vento
Dançam contra as poucas nuvens esbranquiçadas
E o céu azulão do verão
As ramadas mais altas das árvores mais esguias
O vento, quente do aroma do mar,
revira as folhas, meu amor
De dentro do carro que corre pela autoestrada
Vejo-as brilhar como se fossem de prata,
transparentes
Qual a vida que não foi por vezes batida
pelo vento?
Mas foi o vento quem me fez brilhar
e foi assim que cheguei aqui
e foi assim que te descobri
Myriam Jubilot de Carvalho
2007