#91 -A didática da dor

Acordei de bom humor,

Me peguei pensando e logo sorri.

Meu coração é jovial, acolhedor.

Bobinho, carinho e cheio de entusiasmo.

Gosto de detalhes, conversas intermináveis e chocolate.

Porém, qual o peso disso tudo?

O que isso vale?

ah...Isso vale muito!

Pode parecer arrogância, eu sei.

Mas sinto muito por não carregarem isso.

Não creia que não apanhei da vida, mas destes causos, te pouparei.

Porém, sigo teimosamente acreditando na vida e no amor.

Pode parecer um escrito retórico,

Já que não é para ninguém, apenas para mim e este meu sensível coração;

Mas é gostoso demais saber que estou assim;

Chego a marejar os olhos, mas é alegria essa emoção.

Eu aprendi bastante com algumas pessoas,

Elas poderiam ter isso ou aquilo, mas muitas vezes não estamos prontos para ser felizes,

muitas vezes não estamos prontos para perdoar quem nos magoou,

muitas por não nos perdoar, nossos planos são falíveis.

Aprendi que se não cuidarmos de nós,

machucaremos a nós e aos outros, ficando a sós.

Do muro de minha existência, eu coloco aos poucos, cada pequeno tijolinho.

Seguindo assim, vou desatando aos poucos cada nó.

"De cada amor, tu herdaras só o cinismo."

Não, tornei-me melhor, mais resistente, mais carinhoso.

a didática da dor é tão funda quanto um abismo.

Ela te ensina sutilmente, como uma mestra ao acólito, como não ser.

Por isso, eu não quero me vingar dos meus demônios,

Eu desejo, bem daqui do fundo, que esses demônios não encontrem semelhantes em suas vidas,

Sendo assim, encontrem anjos, se perdoem e consigam viver novamente.

Pois, eu sei, pelo que ando conhecendo de mim, que em mim a vida está florescendo constantemente.

Roomer
Enviado por Roomer em 31/08/2021
Código do texto: T7332444
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.