EU
Às vezes eu paro e penso
penso aonde devo ir
Para lugar nenhum
Andar sem destino
Talvez encontrar a paz e o sorriso da tristeza
Soluçar sem ter lágrimas
Quando encontrar alguém igual ou pior
Manifestar a felicidade sem vontade de dizer
O que realmente me faz igual
A noite logo virá
E sem direção para voltar
Contarei as estrelas
E perguntarei a uma delas se a felicidade ainda existe
Estou perdida no espaço aberto do nada
Há silêncio esculpindo lembranças
Imagens e indagações
No horizonte o silêncio da solidão
Agitam-se sombras
E alheiam as preocupações e desenganos
Volto para o mesmo lugar de onde saí
Olhar vago e cego
Desprezo da vida
E angústia atormentada
O momento passado ainda é o presente
Com interrogações a saber
Onde encontrar tudo que me falta
A esperança tranquila se repete na vida
E sem direção ainda piso na estrada onde tudo se perdeu
E no casual encontro
Ainda encontrarei você descoberto ausente.