Ótica do Poeta

Falar de amor sem confiança,

É como destilar notas dissonantes

Entre periferias de folhas rasgadas e

Colmeias de palavras de puro cristal.

É assim, pela ótica do poeta.

Algo que quando perdido, luta-se para resgatar.

Mal consigo me imaginar neste mundo,

Nestes dias, sem seu amor.

Quando o hábito da vida cotidiana

Não me captura.

É nesta hora que observo a semelhança

Entre as linhas azuis dos seus olhos

E o mar, em ondas de lembranças de tudo que passou.

O marulho me faz despertar muito cedo

Só para observar você.

Você apresentou-me o destino que sempre desejei.

De forma paciente, me arrancou da escuridão surreal

Daquelas noites da minha vida vivida,

Sem o calor da sua pele.

Juciane Afonso
Enviado por Juciane Afonso em 30/08/2021
Reeditado em 30/08/2021
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