Ótica do Poeta
Falar de amor sem confiança,
É como destilar notas dissonantes
Entre periferias de folhas rasgadas e
Colmeias de palavras de puro cristal.
É assim, pela ótica do poeta.
Algo que quando perdido, luta-se para resgatar.
Mal consigo me imaginar neste mundo,
Nestes dias, sem seu amor.
Quando o hábito da vida cotidiana
Não me captura.
É nesta hora que observo a semelhança
Entre as linhas azuis dos seus olhos
E o mar, em ondas de lembranças de tudo que passou.
O marulho me faz despertar muito cedo
Só para observar você.
Você apresentou-me o destino que sempre desejei.
De forma paciente, me arrancou da escuridão surreal
Daquelas noites da minha vida vivida,
Sem o calor da sua pele.