OCASO FORÇADO

Num passado recente,

Olhava-se pelas campinas verdejantes,

Via-se o sol a pino, vermelho,

Num contraste de cores tão ondulantes.

Os imensos prados de outrora,

Foram raleando suas ervas,

Em seu lugar vieram as canas, os capins,

E os gados que por aqui hoje se enxerga.

As cidades cresceram, subiram as casas,

Vieram os prédios infundados nas alturas,

Abrigando famílias em menos espaço,

Proporcionando o conforto nas criaturas.

Vieram as pedras, os tijolos, a areia,

Derrubaram as árvores, o arbusto mirrado,

Podaram as flores, silenciaram os melros,

E o que resta de tudo é esse ocaso forçado.

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