QUEM ME DIRIA?
Eu nunca fui ave de uma estação, pois não aprendi a voar na boa direção,
Permanecer também não fazia parte de um plano ou intenção,
Eu fui e sou tudo o que tinha, suportei algumas tristezas e outras alegrias,
E meu olhar era tudo o que eu podia quando as palavras se escondiam,
A vida é uma trama bem-feita como a teia de uma aranha ou uma aleatória ironia?
O que me importaria?
Quem me diria?
Eu nunca me prendi em más ideias, embora não pudesse as evitar,
Eu tive que trocar os medos e o desespero pelo ato de sorrir e respirar,
Sabe, ninguém está imune a atingir o fundo de um poço, tampouco fadado a continuar lá,
E aos poucos aprendemos que o eterno é passageiro, se há um segredo na vida, é reinventar,
A vida é uma trama bem-feita como a teia de uma aranha ou uma aleatória ironia?
O que me importaria?
Quem me diria?
Eu nunca fui ave de uma só estação, mas o que são as intempéries se você é meu lar?
Ainda assim, às vezes, as palavras podem faltar, então resumo tudo ao te abraçar,
Algo de ti bate em meu peito e desejo que o mesmo ocorra no seu,
E não importa que minha força também seja minha fraqueza, eu quero mais de ti, amor meu,
Será que vida é uma trama bem-feita como a teia de uma aranha ou uma aleatória ironia?
O que me importaria?
Quem me diria?