Armadilha
Era uma linda jovem de olhos verdes e perigosos, se destacaba com seus cabelos negros que não sei como se mexiam muito mesmo sem vento.
Eu estava deserto e silencioso, ainda sentindo minha última dor.
Ela pertencia a outro mundo, era linda e refletia uma certa grandeza, como algum dilema abrumador, como algo fisiológico e sinistro.
Eu não sei como entrei nessa armadilha, te amei e sangrei com teu punhal de indiferença nas minhas costas.
Talvez tua expressão resignada e afável junto com esses instantes que docemente me levavam á noites intermináveis, me corromperam lentamente.
Sangrei mais ainda vivo, mesmo sabendo que amar sem limites e um risco torpe e quasse divino.