DE PAISAGENS DA JANELA

Amar tem na sua própria essência

A deficiência de gostar desmedidamente

Amar é não saber não entender o que o outro sente, e mesmo assim no cais ficar.

Amar é ter a boca cheia de indecência e a vontade de morder condizente com o prazer no coração da gente.

O que amo em ti jamais saberia explicar

Mas sei sentir de uma forma que meu abandono é não te ter junto de mim

Toda vez ao levantar.

Eu amo o jeito que mexe no cabelo

A mordida no canto da boca

O batom aveludado

A forma como tira a roupa

O respirar cansado

O riso de gente boba

Talvez o que amo não é você em si

E sim o meu prazer na suas coisas

Sem saber me tens entre os grilhões

Das sensações que alma sente

Diligentemente ao te ver caminhar

Longe, sempre longe desse mar.

isaac santiago
Enviado por isaac santiago em 19/08/2021
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