Aferro
Mesmo que a lua chore
Não lhes darei meus versos!
Mesmo que meu corpo, em magma transborde!
Não vou derreter meu peito!
Mesmo que o mar não aceite o espelho da lua!
Não revelarei minhas paixões!
Tampouco, as profundezas de meu leito!
Mesmo que meu peito transborde em versos, não lhes direi de meu amor e das minhas poesias!
Até mesmo que tenha de me despir do meu eu mais puro, doce e sereno.
Jamais conhecerá meus desejos!
E se as ondas do mar me quebrarem...
Mal sabe ele!
Um dia me disperso, ganho fôlegopego carona numa corrente de ar!