Que não saibas

Não quis me apaixonar

Mas que escolha tenho?

Se o coração bateu depressa

Fugiu do peito, veio à garganta

Como há muito não fazia.

E aquela esperança seguida de lágrimas,

Pois não posso te querer, não posso

Meu amor é destrutivo e me é inevitável

Tocar as mulheres que amo e deixar

Um pedaço de meu ser e uma ferida sobre o seio

Como a criança que morde a mãe, faminta

Como o desesperado que lhe aperta o braço até doer

E sempre dói, e tanto

Que deixo doer só em mim

Para que não doa em você.