DESNUDANDO A ALMA
Ao cair da noite desnudo minh’alma
Ao sentir o vento que invade a janela
Com o olhar enigmático difícil de decifrar
Como a Monalisa inerte numa tela
Sinto meu corpo cansado
E a mente atrapalhada
As letras caem no papel
De maneira bagunçada
Já não tenho mais desejos
A pedir a estrela cadente
Observo o céu estrelado
No silêncio da minha mente
Me olho no espelho da vida
E vejo tantas interrogações
Dúvidas que me atormentam
E que não encontro soluções
A lua se faz de rogada
E não adentra a janela
Para clarear minhas ideias
Então acendo uma vela
Mas a chama queima ligeiro
Como a chama do meu peito
Como a escuridão da noite
Estirada no meu leito!