Verdade de um amanhã
Disfarçadamente revelável,
A devotável maneira de ser,
Quando no mar que não apaga o olhar,
A figura de uma mulher vem,
Para ensinar-me a viver.
E busca o seu lado interno,
Na formosura da sua doce simplicidade!
A mistura que quero ter-te,
É com a minha alma,
Ganhar os teus beijos indomáveis.
Oh, empoderada jovem!
Verdade de um amanhã.
Noites de clausura minha,
Com a possibilidade de não mais tua fronte ver.
Mística sois no barco,
Que navega por tantos lugares.
Talvez a lua tenha-me falado,
Sobre o tempo que traz-me você.
Andei pelos prados,
Ajoelhei-me nas campinas,
Revestir-me como sou,
Um poeta cuja pele, por ti,
Tem a nostalgia de sempre estar.
Encontrar-me-ei mais uma vez,
Neste devastado mundo incrédulo!
Somente portando sobre mim os meus tormentos,
Na súbita intenção de contigo jamais vir a morrer.
Eis o Oráculo!
Eis a sua resposta:
-Não espere nada,
Além de escrever a tua estrada,
Com a mão que afaga-te,
Por meio do canto da Sirena.