#63- Dor.
Eu caí na besteira de acreditar que eu poderia ter uma linda história,
Coisa de tolo, bobo mesmo, nos livros de história, serei paisagem,
Preciso agora fazer uma limpeza e ser grato por tudo e dizê-la:
Obrigado por matar o feto de amor que habitava em mim.
Para sociedade eu bato inúmeras palmas,
Ninguém é bom, ninguém é naturalmente bom,
Todos podem matar, em proporção menor do que amar,
Morreu hoje, a esperança que habitavam em mim.
O amor é cão dos diabos, dizem
Mas até o diabo foi amado,
Carrego revolta em cada linha que escrevo.
Em cada verso, eu agradeço, por terem matado casa resquício de esperança que habita em mim.
Este escrito, era para ser doce,
Sobre os sonhos que sonhei para nós,
Sobre tudo que, tolamente, eu quis para nós dois.
Era para ser sobre o futuro, não sobre a morte dessa vontade que sufoca como um nó.
O meu sentimento não é de ódio,
É de frustração, diferente de muitos,
Eu não tentarei feri-la.
Chorarei isso tudo.
Os homens maus,
Mas vocês mulheres, tem potencial para agir da mesma maneira.
Não é um ataque, é um desabafo.
De alguém que já amou algumas.
A diferença é que eu sou bobo,
Trouxa como uma mulher,
Amo, sou sensível e é isso.
Um pecado terrível.
Mas eu prometo, prometo ao que resta de mim,
Que não deixarei isso ocorrer de novo.
Prometo me fechar pra tudo, para todas as expectativas.
Prometo me amar acima de tudo.